A seguir nossas principais discussões sobre livro.
Entre as principais considerações podemos destacar:
- O cérebro humano está em constante mudança. A taxa de desenvolvimento cerebral torna os humanos suscetíveis a influências mais duradouras da experiência pré-natal. Essa suscetibilidade pode ser descrita de duas maneiras: maleabilidade do cérebro e neuroplasticidade. A maleabilidade refere-se à capacidade do cérebro de mudar em função de experiências de longa duração. A neuroplasticidade se refere à organização cortical, quando o cérebro muda em função de uma experiência específica.
- As mudanças no cérebro ocorrem independentes da experiência, a partir de expectativas em relação à experiência e há mudanças que dependem da experiência.
- O cérebro da criança em fase de crescimento é vulnerável a experiências boas e ruins. A maturidade é uma questão importante, pois sem os lobos frontais maduros, o cérebro da criança não consegue entender, racionalizar, dispensar ou até mesmo refletir sobre as mais simples experiências da vida.
- Os cérebros recebem a cultura. Eles sugam imagens, sons, ações, conversas, descasos, traumas, emoções e valores durante o tempo em que a criança está acordada. Por isso a importância de pensar nas escolhas que se faz para as crianças. A criança transfere o que recebe sem discernimento, sem edição, que molda o mundo da criança pequena de modo poderoso e duradouro.
- Deve-se evitar os programas de televisão para crianças com menos de 2 anos. Esse é o momento para a criança socializar, engatinhar, explorar, caminhar, experimentar coisas novas, construir coisas, aprender jogos e ser protegida de uma programação violenta, rápida e sem sentido.
- Quanto maior for a quantidade de conversas dos pais (mais palavras, palavras longas, frases completas) entre o nascimento e os 3 anos, melhor será o vocabulário da criança.
- As informações absorvidas pelo cérebro são responsáveis pela alteração do “peso” das sinapses (entre os neurônios). A alteração do peso ajuda a formar novas redes neurais complexas com base na experiência de vida. Sinapses que não são utilizadas desaparecem, enquanto as novas se fortalecem através do uso. Se as experiências forem negativas, o cérebro obtém o inverso do enriquecimento.
- A adolescência é uma passagem de mudanças drásticas na biologia, na cognição, a emoção e nas relações interpessoais. Os lobos frontais, são a última área a amadurecer, sofrendo mudanças dramáticas. As células da massa cinzenta do cérebro tornam-se altamente receptivas a novas informações. Mas não conseguem se empolgar com o que está distante por isso procuram níveis mais altos de novidades e estímulos para atingir o mesmo nível de prazer. Riscos, recompensas e diversão dirigem os cérebros adolescentes.
- Os adolescentes não devem ser tratados como adultos; eles não são. E possuem razões biológicas para isso: susceptibilidade, falta de planejamento, miscelânea de emoções, dificuldade de autorregulação e são vulneráveis a correr riscos.
- De modo geral, os adolescentes não possuem muitas habilidades premonitórias, e esta é uma razão por que eles têm tantas dificuldades. Seus cérebros simplesmente não amadureceram ainda.
- A tendência natural do cérebro adolescente é explorar, arriscar-se e socializar. O papel dos pais é a mediação.
Concluindo este capítulo:
- O cérebro se modifica como resultado da experiência.
- As experiências das crianças de hoje são diferentes das crianças de gerações anteriores. Isso indica que seus cérebros são diferentes.
- Precisamos fazer escolhas com seriedade, não estamos falando de um cérebro apenas, mas sim da vida que é bem vivida ou desperdiçada.
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