Dissertação: Conhecimento e ação da fisioterapia na escola: contribuições para a formação de professores de alunos com paralisia cerebral.

Autora: Cristiane Gonçalves Ribas

Orientadora: Evelise Maria Labatut Portilho

Resumo: A formação de professores é um desafio histórico. Muito se tem estudado sobre este tema nos diversos níveis de atuação do professor, como é o caso da Pesquisa Aprendizagem e Conhecimento na Formação Continuada, do programa Stricto Sensu em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no qual esta tese tem sua origem. Na Educação Especial do Estado do Paraná, diferente do que houve nos outros Estados, foram mantidas as Escolas de Educação Especial, nas quais os professores trabalham no mesmo espaço que uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo), no atendimento ao aluno com Paralisia Cerebral, mas nem sempre o diálogo acontece entre esses profissionais. O objetivo geral desta pesquisa foi desenvolver um programa de formação continuada de professores a partir de contribuições da Fisioterapia, visando à aprendizagem do aluno com paralisia cerebral. Como principais aportes teóricos foram utilizados na formação de professores os autores. Contreras (2012), que aborda a autonomia dos professores, e Schon (1983), que discorre sobre o professor reflexivo. Sobre a Fisioterapia na escola foram empregados autores como Franco (2015), que apresenta uma visão complexa sobre o modelo ecológico de desenvolvimento de Bronfenbrenner na educação, e Araújo e Israel (2017), que descrevem uma visão da saúde com a mesma abordagem. Em relação à aprendizagem da criança com Paralisia Cerebral, Portilho (2011) expõe alguns teóricos da educação e optou-se por trabalhar com Piaget (1980). Vygotsty (1978), Ausubel (1982) e Pozo (2002). A metodologia adotada abrangeu a Fenomenologia Hermenêutica (HUSSERL, 2017; GADAMER, 2007). Em função dos resultados da aplicação de um primeiro Programa de Formação Continuada de Professores, composto de oito encontros, realizado com doze professoras de uma Escola de Educação Infantil Modalidade Educação Especial, na cidade de Curitiba/PR, foi elaborada e aplicada uma segunda formação, composta de quatro encontros, com oito professoras. Nesta segunda formação, o objetivo foi informar e orientar as professoras sobre a movimentação adequada das crianças com Paralisia Cerebral. Os instrumentos de pesquisa utilizados foram a entrevista semiestruturada, os registros de observação dos encontros, o IRAMUTEQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionelles de Textes et de Questionnaires) e um questionário de avaliação. Como resultados, notaram-se a prevalência do modelo médico nas concepções das professoras com relação à criança, talvez em função do funcionamento da escola pesquisada, que iniciou como centro de avaliação de bebês de risco; a dificuldade da realização de um trabalho interdisciplinar; e a necessidade da presença do fisioterapeuta dentro da sala de aula, além das terapias realizadas em gabinetes, para auxiliar os professores durante as atividades pedagógicas. Concluiu-se que há necessidade deste grupo docente focar suas ações na aprendizagem da criança e no trabalho multidisciplinar, não só na Fisioterapia, mas em todas as outras áreas que auxiliam na aprendizagem da criança, bem como a participação ativa dos familiares no dia a dia da escola, como parceiros em prol da evolução da criança.

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GAE

 

Grupo de Estudo
Este grupo de pesquisa iniciou suas atividades em 2004, compondo a linha Teoria e Prática do Programa de Pós Graduação Strito Sensu em Educação da PUCPR.
As primeiras pesquisadoras (Arlete, Evelise, Isabel, Laura, Simone e Sonia), seis psicopedagogas, tinham clareza e determinação com relação ao objeto de estudo – o processo de aprendizagem.
O primeiro projeto foi batizado com o nome O aprendente do seu aprender e do aprender do outro, que visava identificar e analisar as estratégias de aprendizagem das crianças da 1ª série do Ensino Fundamental, assim como os estilos de aprendizagem e ensino das professoras.
Em 2006, por necessidade de alinhamento ao programa, a mesma pesquisa passou a ser denominada Aprendizagem e Conhecimento na Formação Docente. A parceria com a Rede Municipal de Ensino de Curitiba o contato com 25 escolas, 403 crianças, 82 professoras alfabetizadoras e 77 ambientes educativos. Como conclusão do estudo, muitas dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão, artigos em periódicos e eventos científicos foram apresentados, culminando com a publicação do livro – Alfabetização. Aprendizagem e Conhecimento na Formação Docente. Curitiba: Champanhat, 2011.
Em 2009 foi elaborado o segundo projeto de pesquisa – Aprendizagem e Conhecimento na Ação Educativa, com o objetivo de atender o segmento da Educação Infantil e conhecer as representações construídas pelas professoras sobre o seu papel docente. Este projeto obteve financiamento do CNPQ e da Fundação Araucária. Primeiramente, a pesquisa foi realizada em uma escola privada de Educação Infantil de Curitiba, que possibilitou o estudo piloto e a reorganização da metodologia. A segunda etapa, em nova parceria com a rede Municipal de Ensino de Curitiba, foi desenvolvida em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI). Esta pesquisa deu origem a vários artigos científicos, dissertações, trabalhos de conclusão de curso, desenvolvimento de material pedagógico e, a elaboração de um novo livro.
Em 2012 o grupo de pesquisadores se ateve a construção do terceiro projeto de pesquisa denominado – Aprendizagem e Conhecimento na Formação Continuada, cujo objetivo é promover espaços de intervenção na formação continuada de professores, para a ressignificação de suas aprendizagens como pesquisadores de suas práticas pedagógicas visando a potencialização da aprendizagem discente, na perspectiva da transformação da realidade complexa, nos diferentes contextos educativos. O projeto envolve a realidade educativa da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Universitário.
Hoje, o GAE conta com mais de 20 pesquisadores, que se reúnem semanalmente, para estudar, refletir, discutir, construir, analisar conceitos, idéias, dados observados e vividos, no movimento desafiador de aprender no e com o grupo. Aprendizagem, ensino, escola, estratégias e estilos de aprendizagem e ensino, metacognição, formação de professores e ambiente educativo são temas privilegiados por este grupo.
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GEA
 
Grupo de Estudo
O GEA iniciou suas atividades em 2005, na PUCPR, com o objetivo de estudar o conceito e as pesquisas sobre aprendizagem na perspectiva de autores que privilegiam este processo nas suas pesquisas.
Os encontros acontecem semanalmente, tendo como premissa oferecer um lugar onde o desejo de estar junto para aprender seja o disparador do estudo sobre a aprendizagem humana.
Faz parte deste grupo alunos da graduação, especialização, mestrado, doutorado, assim como profissionais da Educação e
professores de diferentes áreas do conhecimento. Sem sombra de dúvida, é a diversidade de perfis dos integrantes que dá o “colorido” ao trabalho.
Na coordenação do GEA contamos sempre com a organização de um dos participantes, garantindo a qualidade dos trabalhos.
Neste espaço acontece a discussão dos temas, previamente selecionados e individualmente elaborados, que no grupo são ampliados e ressignificados, considerando as experiências e conhecimentos prévios dos participantes. São momentos de trocas que permitem repensar a prática e fundamentar a teoria que a sustenta.
A partir desta experiência grupal, pesquisas, livros, artigos em periódicos e livros, dissertações e teses, trabalhos de conclusão de curso são construídos.
É um grupo de estudo aberto à comunidade. Se você ficou com vontade de estar conosco, entre em contato fazendo um comentário ou encaminhando um e-mail.
Estamos lhe esperando!
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