Autora: Evelise Maria Labatut Portilho
A vigilância do meu bom senso tem
uma importância enorme na avaliação que,
a todo instante, devo fazer de minha prática.
Paulo Freire
Nesses 10 anos sem Paulo Freire é sempre muito bom lembrar o educador por excelência que ele foi e da postura coerente que manteve com as reflexões que deixou. Ao ler a Pedagogia da Autonomia, as palavras acima me remeteram à idéia de metacognição, principalmente quando se refere ao bom senso e à necessidade de uma avaliação constante da prática, neste caso, a prática pedagógica.
Os desafios do aprender e do ensinar em uma sociedade aprendente são inúmeros e neste momento destaco alguns que considero primordiais: o pluralismo e a inovação frente ao conformismo; as diferenças entre as pessoas e os contextos onde estão inseridas; a transformação na maneira de aprender visando a utilização do cérebro como uma totalidade; as estruturas cognitivas dependendo do alimento afetivo para alcançar um nível adequado de competência; as novas técnicas podendo ajudar no enriquecimento da sociedade com os avanços tecnológicos; um novo modelo educativo solicita que a pessoa seja considerada como única, o aprender e o pensar sejam o meio e o fim; a transformação social como a conseqüência da transformação pessoal, isto é, produzir-se-á uma mudança de dentro para fora; acreditar que todos são capazes de aprender; os processos de construção do conhecimento são uma ferramenta fundamental para aprender a cultura e o motor essencial de sua evolução.
Diante desses desafios, as palavras de Pozo (2004) nos ajudam a reconhecer um dos possíveis caminhos por onde podemos iniciar na busca de uma aprendizagem com significado. “Não construímos somente os objetos, o mundo que vemos, mas também o olhar com o qual o vemos. Construímos também a nós mesmos, enquanto sujeitos de conhecimento” (p. 21).
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