Autora: Layza Karla Miliorini
Orientadora: Evelise Maria Labatut Portilho
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo analisar criticamente a mediação, na ótica do pedagogo escolar, entre o trabalho pedagógico e docente, a partir de um Programa de Formação Continuada. O lócus da pesquisa foi a realização de um Programa de Formação Continuada, que compreende a primeira etapa da pesquisa “Aprendizagem e Conhecimento da Identidade Profissional do Pedagogo”, desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa “Aprendizagem e Conhecimento na Prática Docente”, do Programa Stricto Sensu em Educação da PUCPR. A sustentação teórica sobre o Pedagogo Escolar e Formação Continuada aconteceu por meio dos estudos de Placco, Almeira, Souza (2006, 2011, 2014, 2016), Rosa (2017), Vasconcellos (2019), Domingues (2014), Libâneo (2010, 2004), Nóvoa (1995), Imbernón (2010, 2011), Batista e Portilho (2020) e Pimenta (2011). A fundamentação teórica sobre mediação no processo de aprendizagem e ensino foi baseada em Vygotsky (2007, 2009), Buber (2001, 2014), Fernández (2001), Rego (2014), Portilho, Parolin (2008) e Claxton (2019). A metodologia adotada nesta dissertação é de caráter qualitativo com uma abordagem fenomenológica hermenêutica (SCHMIDT, 2015; RIBEIRO, 1991; MINAYO, 2012), o que permitiu a compreensão do discurso e um olhar interpretativo sobre os dados. Participaram do Programa de Formação Continuada 16 pedagogos que atuam em diferentes etapas da educação básica, escolas públicas e/ou privadas, nos municípios Curitiba e região metropolitana. instrumentos utilizados para a coleta de dados foram o protocolo de observação de um dos encontros da formação continuada para os pedagogos (cujo tema era Mediação no Processo de Ensino e Aprendizagem), o questionário aplicado aos professores pelos pedagogos em formação e a entrevista semiestruturada. Como resultados revelou-se a existência de problemas relacionais entre pedagogos e professores e, consequentemente, pouca mediação sobre os processos de ensino e aprendizagem. Isso pode estar relacionado à rotina acelerada, aos afazeres burocráticos e administrativos e às funções extras e imediatistas que fazem parte do cotidiano do pedagogo. As poucas aproximações desse profissional com o professor acontecem no momento do planejamento, nas conversas informais e nas formações na escola. Porém, ao mesmo tempo que os participantes relevam essas aproximações, afirmam que, em virtude da demanda, essas ações acontecem conforme a necessidade, o que coloca a mediação do pedagogo com o professor em segundo plano. Conclui-se que para a mediação pedagógica ser estabelecida ou fortificada são necessários profissionais que reflitam sobre seu próprio trabalho, planejem e intencionem suas práticas, ao invés de a todo tempo resolverem questões que fogem de sua alçada.
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